Saudade

(sa:u.da.de)
sf.
1. Sentimento evocatório, provocado pela lembrança de algo bom vivido ou pela ausência de pessoas queridas ou de coisas estimadas [Tb. us. no pl.]
[F.: Do lat. solitate (m)]
Rebenqueado das saudades Diz-se de quem sofre por ter se separado de alguém, por sentir falta ou saudades de alguém ou de algo.
Morrer de saudade(s) Fig. Sentir muitas saudades.

Esse post seria o primeiro do blog , mas acreditava não ser a hora de falar a respeito, ainda não tenho certeza, mas vamos lá.


Todo mundo que me conhece sabe muito bem, eu não sou do tipo que se apaixona, não faço o tipinho romântico, muito menos aquele que liga ou manda flores no dia seguinte. Saudade dói e faz chorar (sim, é verdade, eu choro), é impossível não chorar em alguns momentos, porque dói mesmo, dói de verdade. Não aquela dor de bater o dedinho na porta, nem a dor de uma porrada na canela, muito menos a dor de uma pancada no saco. É uma dor que dói no peito, exatamente no centro dele e não tem remédio tão pouco solução, a dor não passa se você chorar demais, dizem que só o tempo pra curar. Mas, quanto tempo? Só o tempo pra dizer.

Me lembro exatamente de quantas vezes me apaixonei, duas vezes pra ser exato, duas vezes em que realmente valia a pena, em que eu acreditava ter encontrado a mulher da minha vida, a que seria mãe dos meus filhos. A primeira vez eu tinha 14 anos, no auge da idiotice tipicamente adolescente, eu fui inseguro e imaturo, deixei que escapasse por entre meus dedos. A segunda, já estava crescido, jurando ser maduro o suficiente, ledo engano. Mais uma vez fui inseguro e imaturo, disse não quando deveria dizer sim, desisti quando deveria lutar. Estou começando a me tornar uma pessoa muito “ e se “ ; “e se eu tivesse topado?” “ e se eu tivesse lutado?” “e se eu tivesse feito diferente?”. Ninguém sabe a resposta. Agora é tarde pra voltar atrás,segundo ela, eu tive todas as chances possíveis, fiz tudo o que eu pude, acredito ter feito alem. Só me resta esperar o tempo curar a ferida enquanto a vida segue em frente, o mundo não para enquanto eu me recupero.

Começo a crer que meu pai tem razão; o homem não foi feito pra se apaixonar, ele foi feito pra reproduzir, garantir o sustento da família e depois morrer.

Ainda bem que não me apaixono com freqüência, seria uma merda passar por tudo isso de novo. Duas vezes já esta de bom tamanho.

That´s all folk´s